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Agenda Cultural

janeiro 2020
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Igreja Matriz

Fundada nos finais do século XIV, a Igreja Matriz da Paróquia de São Tiago e São Mateus foi alvo de um conjunto de intervenções mas restam, ainda, vestígios de estilos que vão do Gótico ao Contemporâneo, o que torna esta igreja surpreendente. É o caso da rosácea flamejante e dos portais góticos, com especial destaque para o principal, de arco quebrado, com dois colunelos capitalizados (o da direita representa um rosto feminino e o da esquerda um masculino, com coroa, remetendo, porventura, para os monarcas daquela época).

Junto das entradas podem-se observar lajes tumulares, já desgastadas. No lado esquerdo do edifício localiza-se a torre sineira, que, de acordo com descobertas recentemente, deve remontar ao séc. XVI.

O interior é composto por três naves e cinco tramos, com arcos de volta perfeita. O teto é em madeira policroma, diferente do original. Tem colunas poligonais, robustas, bases largas, arqueadas ligeiramente para fora, vários altares nas naves exteriores, coro-alto e retábulo barroco.

Chama-se a atenção para as tábuas do Mestre de Sardoal que se encontram na Capela lateral dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Aqui pode-se contemplar, também, o soberbo retábulo de talha dourada barroco joanino que fazia parte do primitivo retábulo que da Igreja. O retábulo da Capela-mor é decorado com parras e uvas, simbolizando o sangue de Cristo, e vários puttis e fenix. Tem, também, um trono rematado por um baldaquino onde ficava exposto o Santíssimo Sacramento, decorado à volta por vários anjos músicos. No trono encontra-se a imagem da Imaculada Conceição. Ainda neste espaço pode-se ver os patronos da Igreja (S. Tiago e S. Mateus) expostos em duas mísulas.

Na Capela-mor, nas paredes laterais, encontra-se os painéis de azulejaria (1701) de Gabriel del Barco, importante azulejador espanhol e pintor de tetos da época barroca. Esta terá sido a sua última obra. Retrata a aparição da Virgem do Pilar a S. Tiago, apesar dos portugueses não serem tão devotos da Virgem de Pilar como acontece em Espanha. Do outro lado (à direita) a cena retrata S. Tiago a combater os Mouros.

O teto da capela-mor é em abóbada de berço, com uma pintura que evoca a Sagrada Eucaristia, neoclássica, e tetramorfos. Ainda neste espaço estão duas credenciais barrocas e um Cristo Crucificado de dimensões quase reais. 

A mais antiga imagem da Igreja Matriz, uma Pietà de pedra, policroma, dos finais do século XIV, encontra-se numa das duas mísulas que estão na parede do arco cruzeiro. Apesar dos erros anatómicos, bastante visíveis, a expressividade de Jesus Cristo e de Maria são desconcertantes.
Dignos de nota são ainda, os quatro altares renascentistas de calcário da Batalha, nas naves laterais, decorados com elementos pagãos.
O altar dedicado a São João Batista, barroco, em talha dourada, encontra-se do lado do Evangelho, tendo sofrido uma intervenção infeliz, se compararmos com o lado inverso reservado a S. Pedro.
Nos nichos abertos no retábulo de pedra estão colocadas imagens de S. Roque, Santa Isabel, S. Zacarias, um outro Santo que se desconhece o nome, e a Senhora da Luz com o Menino.
Destaque, ainda, para o altar dedicado ao Salvador do Mundo, localizado logo a seguir à capela lateral do Sagrado Coração, abrigado numa pequena capela lateral, e para a escultura do Menino (em tamanho real) patente num retábulo neoclássico, ao lado de S. José e Nossa Senhora do Rosário.
Do lado da Epístola, encontra-se o altar dedicado à Senhora das Dores, recolhido numa pequena capela lateral, neoclássica. É rematado com um Calvário, esculpido em pedra, adossado à parede. A imagem tem ao seu lado S. Miguel Arcanjo e Santa Inês.
O altar da Senhora da Piedade é de estilo rococó, com uma Pietá do século XVIII. O retábulo é ladeado por nichos com as imagens do beato D. Nuno Álvares Pereira e Nossa Senhora de Fátima e, em cima, S. Domingos.
Outro dos altares, dedicado a S. Pedro, é barroco, em talha dourada, com uma imagem do santo ladeado por dois nichos preenchidos pelas imagens de Santa Filomena e Santo André e, em cima, S. Francisco.
O último altar é dedicado ao Senhor dos Passos, que está ladeado por dois santos desconhecidos. No coro-alto existe um órgão de tubos, possivelmente do século XVIII.

 

Acesso condicionado, pertence à Paróquia. Acessível na Semana Santa ou com visitas marcadas - Contactar Posto de Turismo

 

Localização: Largo da Igreja - Sardoal

 

Festas religiosas:
Procissão dos Passos do Senhor, dois domingos antes da Páscoa
Procissão dos Ramos, domingo antes da Páscoa

 

Semana Santa:
Procissão dos Fogaréus, Quinta-feira Santa
Enterro do Senhor, Sexta-feira Santa
Procissão da Ressurreição, Domingo de Páscoa

 

Festa do Corpo de Deus, 60 dias após a Páscoa


Procissão da Imaculada Conceição, 8 de dezembro

 

 

 

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