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Agenda Cultural

maio 2023
Seg. Ter. Qua. Qui. Sex. Sáb. Dom.
29
30
Semana Santa

Concelho de profundas tradições religiosas e de fé, é no período da Quaresma, da Semana Santa e da Páscoa que elas ganham maior relevo.
A Procissão dos Passos do Senhor é a celebração de maior imponência e dimensão. Inclui o Sermão do Encontro, na Praça da República. É, sempre, um momento de grande comoção de todos quantos assistem ao evento.
Inserida nas celebrações da Semana Santa, a Procissão do Senhor da Misericórdia (ou dos Fogaréus) realiza-se na Quinta-feira Santa. Todo o ambiente desta Procissão, conferido pelas luzes das velas e dos archotes (toda a iluminação das ruas é desligada), é muito místico e emocionante. A juntar a isto, nas janelas das casas, nas varandas e escadarias do Convento de Santa Maria da Caridade, acendem-se mais de 600 lamparinas. São, também, expostos durante a Procissão os painéis do século XVIII com cenas da paixão pertencentes à Misericórdia.

Calcula-se que seja uma tradição exclusiva do Sardoal e faz já parte da identidade deste concelho. Entre a Quinta-feira Santa e o Domingo de Páscoa grupos de moradores, várias entidades e associações colaboram na elaboração de tapetes de flores que são, depois, colocados no chão das Igrejas e Capelas da Vila (igreja da Misericórdia e Convento Santa Maria da Caridade e Capelas: Senhor dos Remédios, Sant'Ana, Santa Catarina, Nossa Senhora do Carmo, S. Sebastião e Espírito Santo). Esta tradição revela uma forte ligação entre as gerações que passaram, as atuais e as que virão.
Nos últimos anos esta tradição foi estendida a Igrejas e Capelas fora da vila, sempre com grande empenho por parte da população.

 

PDF-icon Sardoal - Semana Santa e Páscoa

 

PDF-icon Sardoal - Holy Week and Easter

 

Tapetes de Flores

 

A Semana Santa é uma das épocas mais exuberante e bonita. As Capelas e Igrejas da vila estão todas abertas e mostram os seus tapetes de flores, cuidadosamente elaborados por grupos de pessoas que, ano após ano, fazem questão de criarem tapetes à base de flores e verduras naturais com desenhos alusivos à Semana Santa e à Paixão de Cristo. As flores, na sua maioria, são apanhadas no campo. A única exceção encontra-se na Igreja Matriz. O retábulo da Capela do Sagrado Coração de Jesus é decorado com trigo germinado no escuro, ficando com uma tonalidade amarela. Decora o altar onde será adorada a hóstia consagrada. Todos os anos a decoração é a mesma.
As Igrejas são: Igreja Matriz, Igreja da Misericórdia e Igreja do Convento de Santa Maria da Caridade. As Capelas são: Capela do Espírito Santo, Capela Nossa Senhora do Carmo, Capela de Santa Catarina, Capela de Sant'Ana, Capela de São Sebastião e Capela do Senhor dos Remédios.

 

 

Procissões

 

Procissão dos Passos do Senhor

 

Duas semanas antes da Páscoa

 

Recriando os Passos do Senhor até ao Calvário, a procissão sai da Igreja Matriz com a imagem do Senhor dos Passos e percorre as ruas da vila de Sardoal, parando algumas vezes nos altares feitos em nichos das paredes e na entrada das capelas. A acompanhar um grupo de anjinhos, cada um segura um objeto relacionado com o Calvário. Nossa Senhora faz um percurso mais curto até ao Encontro, saindo da Igreja Matriz em direção ao Pelourinho, local onde se realizada o Sermão do Encontro, um momento caracterizado sempre pela comoção coletiva. Ambos seguem depois em direção ao Convento de Santa Maria da Caridade, local onde se realiza o Sermão do Calvário. Daqui apenas regressa a imagem da Virgem.

 

Procissão dos Ramos

 

Uma semana antes da Páscoa

 

De dimensão e impacto menor, esta procissão começa na Capela do Espírito Santo, onde decorre a bênção dos ramos, percorre algumas ruas da vila e segue em direção à Igreja Matriz. Representa a entrada bíblica de Jesus na cidade de Jerusalém.

 

 

Procissão do Senhor da Misericórdia (Fogaréus)

 

Quinta-feira Santa

 

A mais solene e mística, mesmo para não crentes. Grande parte da vila acompanha o escurecer do dia, sem que a iluminação pública seja acesa. Tudo fica na penumbra. As pessoas colocam lamparinas e velas nas janelas e parapeitos, enquanto a autarquia preenche as suas janelas e os muros por onde a procissão vai passar, dando um toque muito especial. Parece que recuamos séculos nessa noite.
As cerimónias têm o seu início na Igreja Matriz, onde decorre a cerimónia do Lava-pés. Depois seguem para a Igreja da Misericórdia, de onde sai a Procissão dos Fogaréus ou do Senhor da Misericórdia. No início seguem as Bandeiras da Misericórdia. O Senhor da Misericórdia, uma escultura do século XVII de Cristo Crucificado, antecede os sacerdotes. É uma cerimónia solene, acompanhada pela Filarmónica União Sardoalense, que com músicas fúnebres ajuda a criar ainda mais ambiente. Os crentes seguem em silêncio, cada um segurando a sua vela, por promessa ou simplesmente por devoção. Ao chegarem ao Convento de Santa Maria da Caridade realiza-se o Sermão do Mandato, depois regressam à Igreja da Misericórdia.

 

 

Procissão do Enterro do Senhor

 

Sexta-feira Santa

 

As cerimónias começam na Igreja Matriz de onde sai o cortejo fúnebre que percorre as ruas velhas da vila. Seguem para o Convento de Santa Maria da Caridade e regressam à Igreja Matriz já com o caixão tapado, onde se realizam as cerimónias do Enterro do Senhor. Toda a procissão é acompanhada por música fúnebre entoada pela Filarmónica União Sardoalense.

 

 

Procissão da Ressurreição

 

Domingo de Páscoa

 

A Procissão sai da Igreja Matriz acompanhada por anjinhos vestidos de cores alegres, as sacadas das janelas e varandas estão decoradas por mantas e colchas coloridas, que as pessoas preciosamente colocam ano após ano. É uma procissão mais curta, percorre apenas algumas ruas da vila e regressa à Igreja Matriz.

 

 

Semana Santa 2023

 

 

Mensagens 

 

Semana Santa em Sardoal

História, Cultura e Tradição

 

Chegada esta época do ano todos os Sardoalenses se engalanam, de corpo e alma para receberem tão especial momento da nossa vida comunitária.
“De corpo e alma” como anteriormente disse, significa uma grande entrega, um forte empenho em viver e fazer viver, fazendo acontecer durante todo este período. O corpo materializa o que pode ser visto, acompanhado pelos sentidos, na expressão maior dos nossos tapetes com flores naturais que embelezam as nossas capelas e igrejas.
A alma convida-nos à reflexão, à introspeção, ao sentir que algo é diferente mesmo para os menos ou não crentes. Estados de alma que se refletem na abordagem que cada um faz ao ver passar uma procissão, seja ela a do “Senhor da Misericórdia” (Fogaréus) ou do “Anúncio Solene da Ressurreição do Senhor”.
Ninguém poderá ficar indiferente à união, na diversidade de todos os momentos que a nossa Semana Santa e Páscoa nos permite ver, cheirar, saborear e, principalmente, sentir.

 

António Miguel Borges
(Presidente da Câmara Municipal de Sardoal)

 


 

O leitor deste texto talvez se sinta sempre um vencedor, ou talvez, um fracassado, habituado a lamber as suas feridas, ou simplesmente não entenda nada do que acontece no munto que nos rodeia.

O fracasso não é uma teoria, mas uma dura e implacável realidade. Às vezes vem sorrateiramente, como se estivesse escondida, e de repente desequilibra, derruba, deixa-nos cheios de insegurança.
Acompanha-nos como uma sombra, como um murmúrio que não se compreende bem mas que não deixa de fazer barulho: em criança, na adolescência, em adulto, no primeiro emprego. Não sabemos exatamente o que é, mas dói, desgasta por dentro e não conseguimos removê-lo facilmente.
Paralisa as nossas capacidades, faz com que o filme da vida pare e não se saiba bem para onde ir. Tornamo-nos reis Midas, mas não transformamos em ouro o que tocamos, transformamos em confronto, inveja ou reprovação.
Aqueles que me amam sofrem comigo, mas também sofrem com a minha raiva, a minha indiferença. E quando percebo que os magoei, sinto-me ainda pior. Aqueles com quem compartilhei esforços ou projetos tornam-se vítimas de minha inveja ou sofredores de meu desprezo. Ao aproximarem-se para me entender, pior ainda, eu rejeito-os porque acho que eles só se querem aproveitar do meu infortúnio. O fracasso tem uma força destrutiva enorme, começa em um ponto e espalha-se para dentro e para fora. O maior sucesso do fracasso é quebrar-me a mim mesmo, quebrar-me por dentro e quebrar com quem está ao meu lado. “Quem pode resistir?” disse o salmista num destes dias.
A Semana Santa é o tempo do fracasso. De todos os fracassos que houve na história: das vítimas, dos que não conseguiram, dos rejeitados, dos excluídos, dos que não contam. Na Semana Santa levamos em procissão o grande fracasso deste mundo: veio a luz e não a reconheceram. É o grande fracasso de Deus, a sua impotência. Deus também se sentiu dominado pelo mal. Em Jesus Cristo reconhecemos como o fracasso atravessa tudo o que somos para nos deixar desamparados, nus. Na Semana Santa descobrimos que o fracasso é possível, que é algo real, que nos pode acontecer. Jesus, o fracassado, ensina-nos a inverter a dinâmica do fracasso. Com Jesus aprendemos a deixar-nos ajudar, precisamente quando a nossa fraqueza é maior. Sem falso orgulho, sem desprezo, justamente quando estamos caídos é que precisamos de uma mão que nos ajude a levantar, que nos devolva a confiança para continuar o caminho. Aceitar a ajuda dos outros é começar a canalizar a dor. Com Jesus aprendemos a não amaldiçoar, para que o fracasso não nos quebre por dentro, porque há uma promessa de um amor mais forte que nos fortalece. Confiar nessa promessa fortalece-nos para não quebrar por dentro. A esperança não é uma pequena frase, é um forte abraço que nos sustenta no meio das dificuldades.

 

 

Padre Carlos Almeida

 

 

Capelas

 

 

Capelas e Igrejas decoradas com tapetes à base de pétalas de flores naturais
6 a 9 de abril


Durante a Semana Santa, as Igrejas e Capelas, não apenas da Vila, mas também das aldeias do Concelho, estão decoradas com tapetes feitos à base de pétalas de flores e verduras naturais, com desenhos alusivos à época.
Os tapetes de flores são feitos na quarta-feira, prolongando-se pela noite dentro, envolvendo toda a comunidade.
Trata-se de uma tradição que se julga ser única no país, sabendo-se que já existia com grande esplendor no século XIX. Os tradicionais tapetes de flores são uma das iniciativas mais emblemáticas das Celebrações da Semana Santa e Páscoa em Sardoal, atraindo milhares de visitantes.


Capelas e Igrejas enfeitadas na Vila

Capela de Nossa Senhora do Carmo
Capela de S. Sebastião
Capela de Sant’Ana
Capela de Santa Catarina
Capela do Espírito Santo
Capela do Senhor dos Remédios
Igreja da Misericórdia
Igreja de Santa Maria da Caridade (Convento)

 

Horários de abertura:

Quinta-feira Santa, 6 de abril - das 14 às 24 horas
Sexta-feira, 7 e sábado, 8 de abril - das 10 às 21h30m
Domingo, 9 de abril - das 10 às 19 horas

 

Horário da Igreja Matriz

De quinta-feira, 6 de abril, a sábado, 8 de abril - das 15 às 19 horas
Domingo, 9 de abril - das 15 às 17 horas

 

Capelas e Igrejas enfeitadas fora da Vila

Andreus
Entrevinhas
Mivaqueiro
Panascos
Presa
Santiago de Montalegre (Igreja antiga junto ao cemitério)
São Simão
Vale de Onegas
Valhascos - Igreja
Valhascos - São Bartolomeu
Venda Nova

 

Horários de abertura: 

Sábado, 8 de abril - das 14h30m às 18 horas

 

O Município de Sardoal disponibiliza transporte para a visita a estas Capelas e Igrejas
Sábado, 8 de abril - 10 horas
Partida junto do Centro Cultural Gil Vicente

 

brochura semana santa2023 8

 

 

Programa Religioso

 

• Organizado pela Paróquia de Santiago e São Mateus, Santa Casa da Misericórdia e Irmandades

 

Anexo:

PDF-icon Programa Religioso

 

Programa Complementar

 

Anexo:

PDF-icon Programa Complementar

 

Transportes

 

Anexo:

PDF-icon Circuito

 

Condicionantes ao trânsito

 

Anexo:

PDF-icon Edital (Brevemente)

 

Organização e Apoios

 

Paróquia de Santiago e São Mateus

Santa Casa da Misericórdia do Sardoal
Município de Sardoal
Irmandade da Vera Cruz
Irmandade do Santíssimo
Moradores do Concelho
Filarmónica União Sardoalense
GETAS
Instituições Diversas

 

 

 

 

 

 

comer ficar entreteni ca da terra