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Cinquenta anos depois, Luciana Fina revisita as imagens da Revolução dos Cravos em Portugal, reconsiderando a transição do fascismo para a libertação e o processo de construção de um novo país, para a sua
emancipação e o seu futuro. É um tributo ao cinema que interferiu na história e que restitui, hoje, a hipótese de um momento extraordinário. Sempre atravessa a asfixiado salazarismo e da PIDE, as ocupações estudantis de 1969, o Movimento das Forças Armadas de 1974, os sonhos, programas e perspetivas do PREC, o Verão Quente e a descolonização.
Com a presença da realizadora Luciana Fina
O Outro Cinema é uma iniciativa do Município de Sardoal e do ESPALHAFITAS - CINECLUBE DE ABRANTES - PALHA DE ABRANTES, financiada pela Direção-Geral das Artes, ao abrigo do Apoio à Programação RTCP.
O ano é 1958. Portugal encontra-se sob o regime ditatorial de António de Oliveira Salazar (1889-1970). Depois de ser capturado pela PIDE e de ter estado oito anos em isolamento na Penitenciária de Lisboa, Álvaro Cunhal (1913-2005) é transferido para a prisão-fortaleza de Peniche. Apesar da vigilância apertada, Cunhal e os seus companheiros de cela organizaram iniciativas para apoiar os mais vulneráveis, enquanto elaboravam um plano de fuga. Durante meses, com a colaboração de Jorge Alves, um dos guardas do estabelecimento, e de vários camaradas do exterior ligados ao PCP, delinearam uma estratégia de fuga que puseram em prática na tarde do dia 3 de Janeiro de 1960. Utilizando cordas improvisadas a partir de lençóis, desceram as muralhas, atravessaram o fosso e reuniram-se no exterior com colaboradores que tinham já preparadas formas de os esconder em locais clandestinos. Este acto de coragem tornou-se um símbolo de resistência ao regime salazarista. Após a fuga, Cunhal passou à clandestinidade, prosseguindo a sua luta contra o regime e consolidando-se como uma figura central na oposição às injustiças do Estado Novo.
Depois da Revolução dos Cravos, em Abril de 1974, Cunhal regressou a Portugal, onde assumiu cargos políticos e continuou a sua defesa dos ideais comunistas. Em 1992, depois de três décadas como Secretário-Geral, deixou definitivamente a liderança do Partido Comunista Português (PCP).
Um filme com estreia nacional a 24 de abril
O ano é 2008. Após cumprir uma longa pena de prisão, Lang Yonghui (o ator, cantor e modelo Eddie Peng) regressa à cidade natal, situada no noroeste da China. Nesses anos em que esteve ausente, a pobreza devastou o local, levando os habitantes a abandonar a região e a deixar para trás os seus cães. Com os Jogos Olímpicos prestes a acontecer em Pequim e o Governo determinado a limpar o país, Lang encontra trabalho como caçador de cães vadios. Durante uma das capturas, é mordido por um galgo preto, que alguns acreditam estar infetado com raiva. Para despistar a doença, Lang decide permanecer próximo do animal, observando o seu comportamento para perceber se terá contraído raiva. Contra todas as expectativas, os dois tornam-se inseparáveis. Estreado no Festival de Cinema de Cannes, onde foi distinguido com o prémio “Un Certain Regard”, este drama é realizado pelo chinês Guan Hu, que também assina o argumento, em colaboração com Rui Ge e Bing Wu.
Com uma bem-sucedida carreira, o maestro Thibaut Desormeaux era um homem realizado e de bem com a vida até ser diagnosticado com leucemia.
Durante os exames para encontrar um dador de medula óssea compatível, descobre ter sido adotado e que tem um irmão chamado Jimmy que vive no norte de França Jimmy é um trabalhador fabril modesto e um pouco rude que, como passatempo, toca trombone numa banda filarmónica.
São claramente diferentes, exceto numa única coisa: o seu gosto pela música. Quando o maestro da banda de Jimmy se despede sem dar satisfações, Thibaut aceita dirigi-los. É assim que os dois irmãos se tornam grandes amigos e se veem a recuperar o tempo perdido. Nomeado para oito Césares, os mais importantes prémios do cinema francês, este drama tem realização de Emmanuel Courcol, que escreve o argumento com Khaled Amara e Oriane Bonduel. Benjamin Lavernhe e Pierre Lottin assumem os papéis principais.
A viver em Barcelona há vários anos, Diego e Elena têm como objetivo começar uma nova vida nos EUA. Ele é urbanista e possui nacionalidade venezuelana, enquanto ela, bailarina nascida e criada em Espanha, alimenta a esperança de uma oportunidade de carreira. Depois de tudo planeado, embarcam num avião com destino a Nova Iorque. Tudo decorre normalmente até serem barrados pelos serviços de estrangeiros e fronteiras. Submetidos a um interrogatório emocionalmente desgastante, enfrentam perguntas cada vez mais agressivas, culminando em situações de humilhação e intimidação às mãos dos inspetores de imigração. Um “thriller” realizado e escrito por Alejandro Rojas e Juan Sebastián Vasquez, com um elenco em que alinham Alberto Ammann, Laura Bernis, Bruna Cusí, Laura Gómez e Ben Temple.
Itália, 1983. Riccardo Schicchi e Cicciolina fundam a agência Diva Futura e transformam a utopia hippie do amor livre num fenómeno de massa: o porno. Surge o termo “pornostar”, e Cicciolina, Moana Pozzi e Eva Henger tornam-se estrelas globais. O impacto mediático é avassalador, levando à eleição de Cicciolina ao Parlamento, à criação do Partido do Amor e à candidatura de Moana Pozzi à Câmara de Roma. Porém, por trás do sucesso, escondem-se ciúmes, contradições e a perda de controlo sobre a indústria...
“O Lugar do Trabalho” marca a poderosa estreia na realização do ator Michele Riondino, que narra a dura realidade da empresa siderúrgica ILVA em Taranto, sua terra natal. Em 1997, Caterino, um operário simples e rude, é recrutado pela empresa para espiar os colegas e denunciá-los. Enquanto procura uma saída para a miséria da sua vida, acaba por se ver preso num sistema perverso de controlo psicológico que o obriga a confrontar-se com a sua própria alienação e com a brutalidade do poder industrial.
Quando um caminho parece impossível, devemos desistir? Enrico Berlinguer, líder do Partido Comunista Italiano (PCI), o maior partido comunista do Ocidente nos anos 70, não o fez. Movido pela ambição de construir o socialismo na democracia, desafiou os dogmas da Guerra Fria e de um mundo dividido. Durante cinco anos, o PCI tentou chegar ao governo, dialogando com o maior partido do país, a Democrazia Cristiana, quase mudando a história.
O ano é 1944. Em Vermiglio, uma vila remota e montanhosa, acompanhamos a vida do professor Caesar e a sua numerosa família. Um a um, a câmara foca-se em cada membro, enriquecendo a sua caracterização e incluindo o espectador no interior da dinâmica familiar. O drama central dá-se com a chegada de Pietro, um desertor, à vila. Lentamente, floresce um romance entre a filha mais velha de Caesar e Pietro. Uma
sensação inquietante permeia todo o filme, deixando-nos inseguros sobre o que está por vir, como se o espectador fosse ele mesmo um habitante desta vila isolada.
Primavera em Lisboa e Nicolau faz 24 anos, mas não festeja. A viver em casa dos pais, refém de um sonho de ser músico que não se concretiza e preso à imagem ideal de uma ex-namorada que o deixou há um ano e não voltou a rever, Nicolau sente-se incapaz de andar para a frente e inventar uma vida que seja sua. Vai tendo biscates que não lhe permitem sair de casa dos pais, até ao dia em que descobre que também a mãe está tão insatisfeita com a vida como ele...
No interior de Portugal, grupos de desconhecidos encontram-se numa viagem artística e existencial: a criação de um espetáculo que cruza diferentes expressões culturais. O realizador, parte integrante destes encontros, convoca memórias, dialoga com a vida e espreita para o insondável de si próprio e de cada personagem. Filmado ao longo de uma década, entre 2011 e 2021, “Mississipis” é um retrato de “A Viagem”, um projeto artístico da coreógrafa e bailarina Filipa Francisco, que une dança contemporânea e dança tradicional portuguesa.
A história de uma rapariga havaiana solitária e do extraterrestre fugitivo que a ajuda a consertar a sua família desfeita. Versão portuguesa.
Pietro é um conceituado professor, Teresa é a sua brilhante e precoce aluna. O seu caso é ilícito e tempestuoso. Na sequência de uma discussão, Teresa sugere que cada um conte um segredo ao outro, um segredo tão vergonhoso ou chocante que, se fosse tornado público, destruiria a vida da pessoa. O tempo passa, a estatura de Pietro como escritor cresce e a sua família instala-se no conforto de uma vida burguesa. Apesar disso, assombra-o a possibilidade de Teresa reaparecer um dia e destruir o seu mundo com o segredo que conhece.
Os refugiados palestinianos Chatila e Reda estão a apostar tudo o que têm numa mudança de vida. Os primos estão a poupar para pagar passaportes falsos para saírem de Atenas, mas quando Reda perde o dinheiro devido ao vício em drogas, Chatila engendra um plano extremo para se fazer passar por contrabandistas numa tentativa de os tirar da situação desesperada antes que seja tarde demais.
A dona de casa Pansy não é feliz. É agorafóbica, hipocondríaca e paranoica em relação a animais, pássaros, insectos, plantas e flores. É conflituosa com toda a gente, especialmente com o seu marido canalizador Curtley e com o seu filho desempregado Moses, que ela acha que está a desperdiçar a sua vida. A sua irmã Chantelle gere um salão de cabeleireiro próspero. Mãe solteira, gosta da vida e vive harmoniosamente com as filhas Kayla, que trabalha em cosmética, e Aleisha, advogada estagiária.
Um homem e o seu filho chegam a uma rave perdida no meio das montanhas áridas e fantasmagóricas do sul de Marrocos. Procuram Marina, a sua filha e irmã, desaparecida há meses numa dessas festas intermináveis e sem descanso.
Rodeados por música eletrónica e por uma sensação de liberdade crua e desconhecida, mostram a sua fotografia vezes sem conta. A esperança começa a desaparecer. Empurrados pelo destino, insistem e seguem um grupo de ravers a caminho de uma última festa no deserto. Talvez Marina lá esteja. À medida que se aventuram mais adentro do deserto escaldante, a viagem obriga-os a confrontar os seus limites.
Filme da seleção oficial do Festival de Cannes 2025, em competição. Prémio do Júri.
Marcielle, de 13 anos, vive na Ilha de Marajó, no coração da floresta amazónica. Para quebrar um ciclo terrível que aprisiona as mulheres ao seu redor numa região isolada, ela precisa fazer o impossível para se libertar a si e à irmã mais nova do abismo escuro de silêncio mantido pela família.
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